segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A problemática da sanfona


Esse semana comentei no twitter minha ~chatiação~por estar vestindo 38 de novo. Pois bem, tive que me explicar já que dei a entender que usar 38 é ser gorda. Não tenho nenhum problema em vestir 38, pelo contrário, usei 38 por boa parte da minha vida. Mas também já usei 40, 36, 34 (!). Ou seja, meu problema é o efeito sanfona. Engordar-emagrecer nem sempre é um processo natural, tem gente que luta contra o peso por questões de saúde, outros por questões de estética. Alguns sortudos não tem tais preocupações, estão bem com o peso que tem, sem se importar com "magro" ou "gordo". 
Nunca me importei de ser gorda, tive sobrepeso por boa parte da minha vida, desde bebê, quando era uma bolota. Também nunca me imaginei usando 36, parecia um número absurdo de atingir de forma saudável, mas em 2011 lá estava eu, começando a perder peso sem fazer esforço, academia e dieta passavam longe da minha rotina. Não foi algo do dia para noite, levou um tempo até eu perceber que - uau! - estava estava de fato usando um número a menos, de 40 para 38. O processo de passagem para 36 é que foi assustador, eu nunca tinha usado 36, talvez só nos meus sonhos ganhando o Oscar. Que dirá 34! Foi um choque, para mim e para os outros. Em seis meses minhas roupas já não cabiam em mim, a costureira deu jeito em algumas mas a maioria foi doada. Tive que comprar roupas novas e aposentar as antigas ("guarda, vai que você engordar de novo" MÃE, minha).
Resumindo, em dois anos passei a vestir 34, quando antes usava 38/40, sem explicação. Ou talvez com explicação, não sei. Continuei saudável, tanto quanto o possível, e não entendi bem o porquê de emagrecer assim. Conversando com umas amigas percebi que o estresse e ansiedade que eu estava vivendo na época tinham influenciado MUITO. Passava dias remoendo sentimentos, sempre preocupada, nervosa, inquieta. É bem verdade que algumas pessoas lidam com a ansiedade comendo, mas eu lidava com ela fazendo o oposto. Eu quase não sentia fome, passava longos períodos sem comer nada e, quando sentia, comia bem menos. Só não fiquei doente porque minha mãe sempre me obrigou a comer bem, enfiando legumes goela a baixo. Mesmo estando magra eu não me sentia mais feliz, não era uma questão de estética. Era meu bem estar que estava em falta.
Do ano passado para cá as coisas começaram a mudar, voltei a comer com gosto, sentir muuuuita fome (o tempo todo, diga-se de passagem), devorar tudo o que vejo pela frente, seja salada, pizza ou um bom churrasco. Minha teoria é felicidade engorda, ao passo que, tristeza emagrece. Como eu escrevi uma vez no meu diário: quem está triste só come tristeza. A mente e o corpo não vivem de forma independente, um influencia o outro, para o bem e para o mal. Por isso manter o equilíbrio entre os dois é tão necessário, e difícil!
fonte: tumblr.

É tão bom me sentir leve, tranquila e faminta outra vez, que engordar não me incomoda a não ser que eu preciso mudar o guarda roupa todo de novo! Hahahha.

***Este post faz parte do BEDA, que consiste em postar TODOS OS DIAS durante o mês de agosto. Me ajudem!!11! Indiquem temas, tags e receitas para manter a sanidade.

Um comentário:

  1. Hahahahahaha, felicidade engorda. Eu amo comer. Amo comer coisa boa. E embora meu estômago não aceite grandes quantidades, ele bem que curte um pratão de massa, um arroz com feijãozão (eu amo feijão), ou uma pizza. Em compensação quando estou nervosa, não consigo comer. Não sinto fome, e empurrar comida nunca foi uma opção pra mim.
    Porém, no entanto, contudo, eu não emagreço com facilidade. E acho que tudo o que eu como vão pras minhas pernas, então minhas calças só foram aumentando de número com o passar dos anos. Entre os 15/18 anos eu vestia 36/38, dos 19 até hoje fico entre o 40/42 (depende muito da modelagem). Meu sonho era ter perninha fina, mas eu nunca vou ter perninha fina porque não tem nada a ver com a estrutura do meu corpo, então né... Vida que segue.
    Aproveite a comilança!
    Beijos!

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